Em entrevista ao jornal estadunidense Detroit News nesse fim de semana, o líder do SMASHING PUMPKINS, BILLY CORGAN, estabeleceu um interessante paralelo sobre sua situação na banda com a atual encarnação do GUNS N’ ROSES, o GN’R MKVII. O que segue abaixo é a tradução do trecho da conversa onde o tema é abordado:
[...] Sobre as pessoas considerarem a atual versão do SMASHING PUMPKINS como sendo Billy Corgan e um bando de músicos contratados, assim como o GUNS N’ ROSES é Axl Rose um bando de músicos contratados:
“Eu entendo porque as pessoas pensam desse modo. Eu acho que o Pumpkins, como é um negócio hoje em dia, se trata de tradição. E você pode escolher entre ter uma ligação com a tradição ou não. Eu tenho pessoas comigo, assim como pode ser ouvido em ‘Oceania’, que são parte dessa tradição. E elas estão mantendo um legado, o que é importante. E se você precisa se conectar a certa parte do legado de certo modo, isso é uma escolha sua. Eu acho que você está cometendo um erro ao não se permitir estar aberto a isso. Se não funciona pra você simbolicamente, arquetipicamente, ou musicalmente, tudo bem então. Eu tenho dito recentemente que somos como o circo dos Ringling Brothers. Você espera certo tipo de show, em certo tipo de levada, e você não se liga muito em quem está na corda bamba esse ano. Você só espera que role certo tipo de coisa. E se eu sou o mestre de cerimônias, ótimo, me entende? É o que eu tenho pra vender.
Eu acho que você simplesmente tem que estar aberto. Eu amei o último álbum do Guns N’ Roses, sabe? E infelizmente quando eles estavam em turnê para divulgar aquele disco, eu não consegui vê-los ao vivo. Mas eu teria ido. Isso não quer dizer que eu desrespeito ou não gosto da formação clássica. Só quer dizer que eu quero ter uma experiência musical com aquele artista hoje. E eu acho que quando outras pessoas da minha geração reforçam essas idéias, claro que isso torna a coisa mais difícil, porque faz com que eu pareça ser temperamental, porque eu não quero trabalhar com pessoas que me enlouqueceram, que mataram meu desejo de tocar música e me processaram. Essas pessoas se esquecem do MEU sonho. Que é ser músico em uma banda com pessoas que de fato querem estar ali comigo. Não vamos esquecer do fim desse sonho.”
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